Assim como seu rádio sintoniza diferentes frequências para ouvir diferentes canais, tags e leitores RFID têm que ser ajustados para a mesma frequência para se comunicarem. Sistemas RFID utilizam muitas frequências diferentes, mas geralmente as mais comuns são de baixa frequência (cerca de 125 KHz), de alta frequência (13,56 MHz) e frequência ultra-alta ou UHF (860-960 MHz). Microondas (2,45 GHz) também são usadas em algumas aplicações. Ondas de rádio se comportam diferentemente em frequências diferentes, então você tem que escolher a frequência correta para a aplicação certa.
Frequências diferentes têm características diferentes que as tornam mais úteis para diferentes aplicações. Por exemplo, tags de baixa frequência usam menos energia e são mais capazes de penetrar em substâncias não-metálicas. Eles são ideais para a digitalização de objetos com alto conteúdo de água, como frutas, mas o seu alcance de leitura é limitada a menos de três pés (um metro). Tags de alta frequência funcionam melhor em objetos feitos de metal e podem trabalhar ao redor de bens com alto teor de água. Elas têm um alcance de leitura máxima de cerca de três pés (1 metro). UHF normalmente oferecem maior alcance e pode transferir dados mais rapidamente do que as baixa e alta frequências. Mas elas usam mais energia e são menos propensas a passar através de materiais. E porque elas tendem a ser mais “dirigidas”, elas exigem um caminho desobstruído entre a tag e o leitor. Tags UHF podem ser melhores para a digitalização de caixotes de mercadorias que passam através de uma porta da doca em um armazém.
Todos os países usam as mesmas frequências?
Países diferentes têm atribuído diferentes partes do espectro de radiofrequências para RFID, logo nenhuma tecnologia satisfaz todos os requisitos dos mercados existentes e potenciais. A indústria tem trabalhado diligentemente para padronizar três bandas principais RF: baixa frequência (LF), 125-134 kHz; alta frequência (HF), 13,56 MHz, e ultra frequência (UHF), 860-960 MHz. A maioria dos países têm atribuído as áreas do espectro de 125 ou 134 kHz para os sistemas de baixa frequência, e 13,56 MHz é usado em todo o mundo para sistemas de alta frequência (com algumas exceções), mas os sistemas UHF existem apenas meados da década de 1990, e os países não chegaram a um acordo sobre uma única área do espectro UHF para RFID. As larguras de banda UHF na União Europeia estão entre 865-868 MHz, com os interrogadores capazes de transmitir à potência máxima (2 watts ERP) no centro dessa largura de banda (865,6-867,6 MHz). A largura de banda RFID UHF na América do Norte está entre 902-928 MHz, com os leitores capazes de transmitir à potência máxima (1 watt ERP) para a maior parte da largura de banda. A Austrália tem atribuído a faixa de 920-926 MHz para a tecnologia RFID UHF. E canais de transmissão europeus são restritos a um máximo de 200 kHz de largura de banda, contra 500 kHz na América do Norte. A China aprovou a largura de banda de 840,25-844,75 MHz e 920,25-924,75 MHz de UHF para tags e interrogadores utilizados naquele país. Até recentemente, o Japão não permitia qualquer espectro UHF para RFID, mas está pensando em abrir a área MHz 960. Muitos outros dispositivos utilizam o espectro de UHF, por isso vai levar anos para todos os governos chegarem a um acordo sobre uma banda de UHF única para RFID.
No Brasil temos a faixa de UHF de 902-907,5 e 915-928MHz, diferentemente dos EUA que é de 902-928MHz. Há um vale que não podemos utilizar para RFID compreendendo a faixa de 907,5 a 915MHz. As frequências deste vale são destinadas ao Serviço Móvel Pessoal (SMP) conforme Resolução nº 454 de 11 de dezembro de 2006. Este serviço tem caráter primário e é prioritário ao sistema RFID (caráter secundário). Isto significa que de forma alguma o sistema RFID pode prejudicar os sistemas do SMP.
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Fonte: RFID Journal Brasil